Há décadas como referência nacional no acolhimento e proteção de mulheres em situação de risco de morte ou ameaças em razão da violência doméstica e familiar, causadora de lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico ou dano moral, acompanhadas ou não de seus filhos, a Casa de Apoio Viva Rachel é um serviço de proteção social mantida pela Fundação de Assistência Social em parceria com a Associação Mão Amiga.
Mensalmente, cerca de 10 mulheres acompanhadas de seus filhos, são acolhidas no serviço. Recebem acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais de psicologia, assistentes sociais e educadores sociais. O trabalho social consiste em possibilitar a reconstrução de projetos pessoais visando à superação da violência e o desenvolvimento de capacidades e oportunidades para a autonomia pessoal e social destas mulheres, uma garantia de apoio em um momento de fragilidade e necessidade extrema. Não apenas à mulher, mas também aos filhos. Indiretamente, eles são igualmente vítimas das situações de violência, seja física e/ ou psicológica. Um suporte para o recomeço, garantindo um espaço seguro e de proteção, o fomento da independência financeira, a promoção da saúde mental e qualidade de vida para mães e filhos.
Em 2023, 132 mulheres foram acolhidas na CAVR acompanhadas de 127 crianças e/ ou adolescentes – seus filhos, 73% foram encaminhadas a partir da Delegacia de Pronto Atendimento. As principais situações de violência identificadas foram: 91% psicológicas, 90% agressões físicas, 78% estavam sofrendo ameaças, apresentando risco de morte, 78% violência patrimonial, além de 40% sofreram violência sexual.
O investimento médio anual feito pela FAS na execução da Casa de Apoio Viva Rachel é da ordem de R$550 mil reais, utilizados pela Associação Mão amiga para despesas com pagamento de pessoal, despesas de consumo (materiais de higiene e limpeza) e serviços de terceiros.
Fotos: Lucas Munaretti.
