A importância dos Serviços de Convivência para a proteção social básica e prevenção da vulnerabilidade social

Serviço oferecido pela FAS proporciona ambiente protetivo e uma melhora na qualidade de vida de crianças e adolescentes.

Mais do que uma aglutinação de letrinhas, os SCFVs, ou Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, tem um impacto enorme e positivo no cotidiano da cidade. Só para essa modalidade o valor aplicado pelo município ultrapassa a cifra de seis milhões e meio de reais anualmente.
A FAS, em Caxias do Sul, mantém 19 serviços de convivência para atendimento a crianças e adolescentes. São dois serviços executados de forma direta pela fundação e outros 17 oferecidos por meio de parceira com organizações da sociedade civil que, juntos, disponibilizam 2430 vagas mensais.
Esses serviços no Sistema Único da Assistência Social tem por foco a constituição de espaço de convivência, formação para a participação e cidadania, desenvolvimento do protagonismo e da autonomia das crianças e adolescentes, a partir dos interesses, demandas e potencialidades dessa faixa etária. As intervenções devem ser pautadas em experiências lúdicas, culturais e esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social. Inclui crianças e adolescentes com deficiência, retirados do trabalho infantil ou submetidos a outras violações, cujas atividades contribuem para ressignificar vivências de isolamento e de violação de direitos, bem como propiciar experiências favorecedoras do desenvolvimento de sociabilidades e na prevenção de situações de risco social.
O atendimento baseia-se em três eixos: propiciar a convivência social, fortalecendo os vínculos familiares e comunitários; o direito de ser, estimulando o exercício da infância e da adolescência, e a participação, assegurando o papel como sujeito de direitos e deveres.
Para Grasiela Closs de Oliveira, Coordenadora do SCFV Cruzeiro do Sol, “é perceptível diariamente o quanto as crianças e adolescentes gostam de vir pro serviço para participar das atividades propostas e conviver com colegas e equipe de trabalho. As famílias atendidas trazem também que a localização do serviço no território facilita o acesso das crianças e adolescentes, pois a grande maioria se desloca a pé pros atendimentos.”
Grasiela ainda ressalta ser muito comum que filhos de antigos frequentadores do serviço hoje estejam entre as crianças atendidas.

Fotos: Lucas Munaretti.